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É fácil fazer o bem quando muitas pessoas ajudam
Its easy to do good when many people help
Mário Vicente
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"É fácil fazer o bem, quando muitas pessoas ajudam"
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"It's easy to do good when many people help"
Hermann Gmeiner
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Hermann Gmeiner, SOS Childrens Village Founder
Encerramento do atelier
de construção de cimboa
Centro Comunitário de Ribeirão Chiqueiro, 14.08.06, 16h00
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Hoje, 14 de Agosto, a partir das 16h00, na Aldeia SOS de São Domingos, encerra-se o atelier de construção de cimboa que teve lugar no Centro Comunitário de Ribeirão Chiqueiro promovido pelo Instituto de Investigação e do Património Cultural (IIPC).
Durante uma semana, Nho Manu Mendi, 79 anos, tido como o último tocador e construtor de cimboa, transmitiu o seu saber a sete participantes: o militar Pascoal Fernandes, que é também músico, com domínio em artesanato, que conhece bem e que toucou vários vezes com o Nhu Manu Mendi; a jornalista Glaucia Nogueira, que é artesã nas suas horas perdidas, que prepara uma licenciatura em antropologia e que entrevistou e fotografou o tradicionalista em 1998, quatro jovens da aldeia, sendo um deles o neto do artista.
São, portanto,
pessoas não estranhas ao tradicionalista e, por isso estiveram em total
sintonia com o meio social onde teve lugar o atelier, que foram os requisitos
mínimos para a transmissão de um saber de uma geração
para uma outra, num curto espaço de tempo.
Além da transmissão das técnicas de construção da cimboa, Nhu Manu Mendi chamou a atenção dos aprendizes para o respeito pela natureza de onde saem todas as matérias-primas que compõem esse instrumento: galhos de arbustos, pele de cabra, bulis, rabo de cavalo, entre outros.
Esta é a primeira etapa de um Projecto da execução de um inventário exaustivo para a criação de um registo científico sobre a cimboa, no que toca a sua fabricação a sua função artística e social no meio onde é tocada. O projecto global, "A Salvaguarda da Memória da Cimboa", da autoria de Charles Akibodé investigador no IIPC, integra a recuperação e a valorização do património imaterial de Cabo Verde, património este que inclui as artes, as manifestações culturais, religiosas e outras e também os saberes tradicionais, em geral.
Em breve, Nhu Manu Mendi fará um outro atelier para os interessados em aprender a tocar a cimboa. Esse instrumento que, apesar das previsões do seu desaparecimento há mais de 30 anos, está, agora, em vias de renascer.
Hoje, no encerramento do atelier, haverá projecção de diapositivos mostrando o passo-a-passo da construção da cimboa e de um DVD de batuco com o Manu Mendi e as mulheres de Ribon Tchiqueiro, uma exposição dos instrumentos que foram feitos desde o dia 7, e também uma actuação de António Denti d´Oru com as suas batucadeiras acompanhada pelo Nhu Mano Mendi a tocar cimboa.
Contamos com esse órgão de informação para a cobertura jornalística deste evento.
Mais informações:
Charles Akibodé, IIPC, tlm. 993 5160.